Chegou ao
fim a hegemonia espanhola no Brasil Open.
Após seis anos com espanhóis levantando a taça um argentino quebrou a
“corrente”. O último campeão não
espanhol tinha sido justamente outro argentino, Guillermo Cañas em 2007.
Não foi a
final esperada, a expectativa das semifinais era de vitórias de Bellucci e Haas. Porém Bellucci deixou escapar por pouco e Haas sentiu mais uma vez a contusão no
ombro direito. Apesar disso, a final ítalo-portenha foi bem interessante.
Federico Delbonis tinha batido na
trave o ano passado quando fez um torneio incrível em Hamburgo. Em terras alemãs derrotou Roger Federer e chegou a final com moral, mas acabou derrotado por
outro italiano, Fabio Fognini. Ao
final do primeiro set parecia que a história iria se repetir em São Paulo, Paolo Lorenzi jogava melhor e tinha o apoio da maior parte da
torcida. Entretanto, Delbonis
começou a jogar melhor e ser mais agressivo. Ganhou os dois sets seguintes e
conquistou o primeiro título da carreira.
Na final de
duplas o espanhol (para não fugir a tradição) Guillermo Garcia Lopez e o austríaco Phillipp Oswald levaram a melhor para cima dos colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah.
Tommy Haas
O alemão
grande estrela da competição terminou o torneio frustrado por conta da
insistente contusão no ombro. Contudo, quem teve a oportunidade de ver Haas em ação no Ibirapuera pode
conferir o estilo de jogo clássico do germânico. Na primeira partida de Tommy em São Paulo, na quarta-feira, ele abusou das deixadas, slices e do
lindo backhand com uma mão. Com o estilo old school, Haas, consegue variar o
jogo como poucos. Vendo de perto fica ainda mais evidente a beleza do jogo de Tommy. Bem diferente do que o público
brasileiro está acostumado a ver. Os torneios de saibro costumam atrair
jogadores com estilos de jogo muito próximos. Normalmente os jogadores da “terra”
jogam da linha de base e trocam muitas bolas.
Haas faz todos os tipos
de jogadas, mesmo com a contusão e com partidas não tão boas o tênis do alemão
enche os olhos de qualquer um. Além disso, o alemão caminhou tranquilo pelo
complexo do Ibirapuera e se mostrou extremamente simpático com o público.
Tomara que volte no próximo ano.
“Eu não tenho
motivos para reclamar do torneio. Foi muito bom. Sabia que aqui tinha muita
altitude, estava um pouco preocupado com isso. Mas soube que trocaram a bola do
ano passado e esta bola que estão usando é muito boa. As quadras também estão
muito boas.
Estava tudo muito bom. Foi um belo torneio. Estou feliz por estar aqui. Se eu continuar jogando até o próximo ano, seria legal retornar a São Paulo”, disse Tommy Haas.
Estava tudo muito bom. Foi um belo torneio. Estou feliz por estar aqui. Se eu continuar jogando até o próximo ano, seria legal retornar a São Paulo”, disse Tommy Haas.
Os acertos
O Brasil Open 2014 começou cheio de
desconfiança depois dos inúmeros problemas do último ano. Entretanto, parece
que edição desse ano agradou a todos, ATP,
jogadores e público. O torneio foi elogiado pelo presidente da ATP que veio conferir de perto o
desempenho do Rio Open e Brasil Open.
Todos os jogadores aprovaram o piso, as novas bolas e a construção da quadra
auxiliar. Além de todos os envolvidos terem agradecido a climatização das duas
quadras. A boa notícia é que com a aprovação da ATP o torneio pode mudar de data em 2015, trocando com Buenos Aires. Assim, São Paulo deixaria de concorrer com Dubai e Acapulco, o que favoreceria a
presença de grandes estrelas do circuito.
Ano suíço?
Confesso
que não assisti nada de Dubai (culpa
do Brasil Open), mas Roger Federer fez grande campanha e
conquistou o 500 dos Emirados Árabes pela sexta vez na carreira. O suíço parece
ter voltado às boas com o tênis e a confiança está em alta. Foram duas viradas
contra jogadores que nos últimos confrontos estavam levando a melhor para cima
de Roger. Na semi o grande jogo
contra Novak Djokovic e na final Tomas Berdych. Com a proximidade dos Masters é ótimo saber que Federer vai entrar com tudo. Sorte ao
suíço!
Novo México
O torneio
de Acapulco estreou o piso duro na
temporada. Com a mudança atraiu Andy
Murray que jogou pela primeira vez na carreira na América Latina. Porém, Murray foi derrotado por Grigor Dimitrov na semi e do outro lado
Kevin Anderson se beneficiou com a
contusão de David Ferrer. Na final Dimitrov conquistou o seu primeiro
título de ATP 500 da carreira, após
batalha de três horas. Parece que o búlgaro vai enfim decolar.